segunda-feira, 11 de maio de 2009

O gang das chupetas


Este fim de semana foi o nosso - meu e dos miúdos. Não o fim de semana todo, porque tomaram as refeições principais e dormiram em casa da minha sogra. Foi uma espécie de fim de semana em part-time, como o pai em part-time que tenho sido. Seja lá como fôr, foi passado entre nós, a quatro. É sempre uma aventura, mas cada vez menos radical, mais calma. Ainda assim, imagino como os outros olharão para mim, para nós. Para mim, imagino que o façam com um misto de pena e admiração. Pena porque devo parecer um louco desejoso de ter quatro mãos. Um louco atarefado e ainda por cima sem jeito para a tarefa. Admiração porque pensarão que sou um bom pai. Era bom, era ! Gostaria de o ser, mas não creio que o seja. Quero e tento sê-lo, mas nem sempre tenho paciência. Mas aos poucos estou a aprender a contar até dez e a fazer "reset". Estou a tentar ser melhor. Se a S., que é fisicamente metade de mim, tem de tomar conta deles todos os dias e desenrasca-se, também eu tenho de me desenrascar. A verdade é que chego ao final cansado, mas, ao mesmo tempo, contente por existir na vida deles e por eles existirem na minha. Mas não deixa de ser estranho olhar pelo espelho retrovisor e ver três crianças a olhar para mim como se seu fosse o centro do mundo. Todos lindos, todos amorosos e felizes, todos meu filhos.

1 comentário:

  1. O que é estranho é que essa visão só aconteça em part time. A verdade é que ter filhos muda-nos para sempre e nem sempre nos orgulhamos disso. Haja paciência para os aturar nos momentos em que eles estão chatos e amor para dar quando eles estão receptivos!
    E o hábito faz o monje, i.e, quanto + tempo passares com eles, melhor te vais saindo na tarefa de pai!
    Boa sorte! :)

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