segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pela metade


Malta, temos de nos adaptar aos novos tempos, aos novos ventos. Sugiro que façamos um lay off de um dia. Durante esse dia vamos fazer tudo pela metade. Levantar meio corpo pela manhã, enquanto a outra parte fica a dormir até ao dia seguinte. Lavar apenas os dentes de baixo, tomar metade do pequeno almoço, conduzir apenas metade do carro. Dar ao chefe metade da nossa atenção, conversar com a metade dos colegas ao lado e cumprir metade das nossas tarefas. Depois sentemo-nos em metade de uma cadeira, com metade do nosso rabo e liguemos apenas o monitor do computador. Chegada à hora da pausa do meio dia, almoçemos metade do prato do dia, a metade do preço de sempre e bebamos somente a espuma do fino. Quando tocar a recolher, voltemos a laborar pela metade até chegar a hora de dar o dia de trabalho como concluído pela metade. Tudo pela metade. Partamos para a metade da nossa casa que nos espera, com a metade de nós que despertou e tendo metade do trânsito habitual como companhia. Façamos o jantar pela metade, conversemos pela metade com os nossos filhos e vejamos a TV sem som e, por fim, deitemo-nos na companhia da nossa outra metade que ficou a dormir. Isto do lay off é como viver pela metade e isso é estranho.

5 comentários:

  1. A vida só tem interesse quando repartida,
    com amores , com amigos, com familia.

    Tudo e todos os que nos são queridos, jamais
    gostamos de repartir... Dói !

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  2. Lay off é coisa da sociedade capitalista . lol E atenção que eu não sou comunista...Mas em determinadas situações apetecia-me entrar e layoff, ai se me apetecia, ou então fazer off de vez, como por exemplo quando tenho q aturar gente chata, colegas sonsas, chefes imbecis...

    bj e 'bora fazer um lay off?

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  3. ok confesso...
    passa a vontade a todos em certos momentos da vida...
    Mas como sou teimosa... reclamo isso como atitudes de cobardes!
    Temos de contrariar esses sentimentos, embora a lua os puxe... com força.

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  4. Eu diria que é assim que se vive quando não se tem o resto da família: pela metade!

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