quarta-feira, 28 de julho de 2010

Oh trabalho vai-te embora !


Aviso já que vou ser um pouco controverso neste post. Pois aqui vai: há, de facto, muitos e muitos portugueses que preferem ganhar o dinheiro do subsídio de desemprego a trabalhar por um valor mensal a rondar os 500 euros. Porque é mais fácil. Porque trabalhar custa. Porque a fiscalização é uma banana. Porque as empresas não denunciam situações como essas, para já. Porque o futuro logo se vê. Sei porque já presenciei imensas situações dessas, de pessoas que recusaram trabalho. Sim, que recusaram, com a maior das latas, trabalho similar ao que praticavam antes. O que me faz sempre desacreditar neste país, neste povo, nestes governantes E sim, o bloco de esquerda não sabe do que fala. Porque há muita gente que quer mesmo estar desempregada. Porque a Europa somos todos nós. Porque a Europa está desactualizada no xadrez da economia mundial . E vai estar nos próximos anos. Chama-se a isto a economia real com que as empresas se depararam no dia-a-dia. Claro que também há imensos casos com vontade de trabalhar, de seguir em frente, de lutar. Há. São é menos, bem menos. Que vergonha, meu Portugal

Coisa boa

Tenho uma coisa boa comigo. É que quando erro, admito. Pode demorar um danoninho mas admito. Assim como admito que tenho mau feitio. Que sou explosivo, exagerado. Entristece-me são aquelas pessoas que me sendo queridas, não admitem as suas falhas, os seus erros, os seus maus momentos. Mas enfim, de erros somos feitos todos nós.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Desresponsabilização ou olhar para o lado errado das coisas


Há muitos casais que se divorciam a partir do momento em que têm filhos. Há. É verdade. Não há como não admitir. O meu casamento foi também por esse caminho depois do nascimento do J. Durante algum tempo quis acreditar que tal ocorreu devido ao seu nascimento, aos três estarolas. Mas agora não acredito. Não posso acreditar. Aliás, aceitar isso seria uma autêntica estupidez. Acabou porque tinha de acabar. Porque não estava bem. Porque houve coisas que se perderam ao longo do tempo. Porque as pessoas mudam ao longo da vida, com ou sem filhos. Mas mesmo que não tivesse sido por isso. Mesmo que, teoricamente (o que só por mero raciocínio académico, admito) tivesse sido pelo "excesso de crianças" (perdoem-me a anormalidade que acabo de escrever), não me arrependo nada de os ter tido. Sim, porque não são só as mães que dão à luz os filhos. Nada nem ninguém é mais importante que os meus filhos. Nem eu, nem o meu casamento. Nem a minha vida. Mas, sejamos honestos, não foi por isso. Dizer o contrário seria um acto de cobardia da minha parte e uma desonestidade para com os meus três anjos. Seria um insensato exercício de desresponsabilização. E da minha parte podem contar sempre, mas sempre, com tudo de bom, porque é tudo de bom o que tenho para lhes dar e nada de mal ou menos bom.

Crianças

Sempre que leio ou ouço uma notícia em que uma criança morreu ou ficou gravemente ferida, fico com o coração dilacerado, partido em mil pedaços. Porque não devia ser assim. Porque todas elas deviam morrer de velhinhas, cair de podres, de maduras. Porque os anjos, com ou sem asas, deviam ser eternos, imortais. Porque nenhum caixão, mesmo os brancos e singelos são bonitos. Porque nenhuma morte é aceitável, muito menos as de crianças. Crianças com uma vida inteira para ser vivida, para ser sentida, sorrida e chorada. Porque os gritos delas enchem o nosso mundo de vida, de magia. Às vezes, em excesso, é certo. Mas é mesmo assim, elas não sabem essa coisa das "meias-medidas". Porque os seus sorrisos são um remédio para qualquer mal. Porque são apaixonantes. Porque, obviamente, me lembro dos meus pequeninos. Porque ser pai muda toda a nossa perspectiva de vida, muda-nos completamente, por dentro e por fora. Porque ser pai nos transforma numa outra pessoa, nos torna mais coração e menos razão. Porque amo os meus filhos profundamente, cada vez mais a cada dia que passa. Porque sem eles a minha vida seria um vazio inimaginável. Porque a partir do momento em que nascem já nada mais será igual. Porque, como costumo dizer ao M., estarei sempre aqui para eles, até ser velhinho. Porque eles são um gigantesco pedaço de mim. Como todos os filhos são um enorme pedaço dos seus pais.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FDS de um dia.

Hoje é sexta-feira. Adorava dizer que o meu fds começa hoje à noite. Mas não, os meus fds começam apenas ao sábado à noite. Sábado é dia de trabalho como qualquer outro. E que falta faz um fds de dois dias.

Pessoas


Conheço muitas pessoas. A grande maioria delas bem formada, com valores. Como se costuma dizer, boa gente. Tenho essa sorte. Depois conheço (bem que dispensava) pessoas que não compreendo onde bebem tanta maldade, onde vão buscar tão maus princípios e desvalores. Parece que foram criadas no meio do fogo, do lodo, da lama. Pessoas que vêm o que mais ninguém vê. Que respiram má formação. E assim insistem em continuar. Mesmo que a vida delas seja tão curta como a nossa. Ainda me custa digerir pessoas deste cariz. Porquê ? Porque, inocentemente, acredito que o ser humano por norma é bom. Acho que tenho de rever esta minha crença, e rapidamente. Aliás, se pensar bem certamente me vem à memória pessoas que, ainda crianças, denotam já traços de malvadez.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escrever

Adoro! Adoro quando sou assolado por uma vontade louca de escrever. Como se fosse uma brisa que a correr me afaga o corpo. Mas que apesar dessa correria retorna à base. Como o filho pródigo que não esquece o lar da sua infância. E que quando acontece me faz sentir extraordinariamente bem, estupidamente acordado. Há quem seja viciado em correr, eu, por meu turno, sou viciado em escrever. Faz-me sentir maior, melhor, diferente. Porque todos nós somos indubitavelmente diferentes, únicos. Curiosamente, ou não, tudo começou contigo. No teu regaço. Lembraste ? Aliás, quase tudo começou contigo. Houve entretanto coisas que se perderam e outras que ficaram. Mais, que se solidificaram. Esta vontade de exprimir sentimentos colou definitivamente em mim. Grudou, como dizem os nossos irmãos brasileiros. Foi uma das muitas coisas boas que me deste, ou melhor, que me fizeste descobrir em mim. Por isso, e por mil coisas mais, estou-te grato. Mas sem leitores, a escrita é como um templo numa cidade perdida. Gradualmente, à medida que o tempo avança, fica tapado pela vegetação. Perde todo o seu esplendor. Eu sou como esse templo (a humildade hoje ficou a dormir em casa). Eu brilho porque cada um de vocês me transforma em ouro a cada visita. Respiro porque vocês fazem o favor de me fornecer o oxigénio em cada uma das vossas passagens por esta terra de devaneios que é este tresloucado blog. Porque os blogs não são um produto do autor, mas antes dos seus co-autores.Por isso, meninos e meninas, príncipes e princesas, vocês são também o meu reino. O nosso reino. Mil vezes obrigado.

Mitos


Às vezes criamos mitos, construímos mentiras para nosso próprio consumo. Para que seja mais fácil uma tomada de posição. Para que seja mais confortável sustentar os nossos fundamentos. Para que possamos racionalmente alicerçar as nossas teses. Para que o dia-a-dia seja mais suportável. Para que uma mentira dita interiormente mil vezes se transforme em verdade. Embora no fundo, bem lá no fundo, saibamos que não temos razão, que não é bem assim. Criamos uma espécie de escudo face a nós próprios, um mecanismo de defesa que veda a passagem., uma muralha da china só nossa. Aparentemente sólida e intransponível face a momentos de fraqueza. E até acredito que funcione durante um tempo. Mas, a médio, longo prazo cairá tal e qual uma máscara. E quando cair, cairá com ela muito mais do que um pano, cairá também um pedaço da nossa vida. Porque a verdade, a verdade verdadeira, essa é como um corpo perdido na água - acaba sempre por vir à tona. E nessa altura irá doer muito mais.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Disparates

Disserem-lhe que a nossa relação é doentia. É impressionante como o disparate é livre e não paga impostos. É impressionante como nos tornámos em opinion makers, mesmo sem saber do que falamos. Mesmo sem conhecer. De facto, às vezes mais valia estarmos calados. Eu próprio incluído, em muitos dos meus posts. Mas não falo de pessoas e relações que não conheço. Tenho essa decência, esse bom senso. E ofende-me quando os outros não o têm.

Erros e erros


Lembro-me do meu erro. Como me poderia esquecer. Lembro-me de mil e uma vozes me chamarem à razão. Lembro-me de não querer saber, de me estar literalmente a marimbar. Lembro-me de estar cansado, simplesmente farto. Agora sei que errei. Errei na conduta e errei ao não ouvir as vozes. Agora sei que nada disto fez sentido. Agora sei que saí perdedor, tal como tu dizias. Todos saímos perdedores. Como lamento dizer isto. Como me corta o coração as perguntas precisas dos nossos meninos. Como se fossem lâminas a rasgar-me a pele Porque há dores que não passam, que não podem passar. Quando muito estão adormecidas. Admito hoje que fui uma besta. Sim, uma besta. Uma besta que apesar de tudo aprendeu com o erro. Um erro que agora não aceitas que corriga, que não permitas que minimize. Estás no teu direito. No teu pleno direito. Mas sei também que, mais tarde ou mais cedo, aprenderás com o erro que estás a praticar agora. Parece que agora estou no papel daquelas vozes que à data me gritavam ao ouvido, que me tentavam, em vão, chamar à razão. Mas se calhar tens mesmo de errar. Como eu errei. Que não descubras o teu erro tarde demais, é esse o meu desejo. Da minha parte, desculpa por tudo.E não mintas a ti própria. Não o faças. Não estás a ser honesta contigo própria.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ainda o mundial da Shakira

Vice-campeões do Mundo

Fomos afastados do Mundial pela campeã do mundo de futebol. Isso é bom. Porquê ? Porque faz de nós uma espécie de vice-campeões, ao lado da Alemanha e Holanda. Afinal fizemos um excelente mundial.

It´s complicated

É complicado ser-se só amigo de quem se ama. Porque essa amizade nunca é desinteressada, anda sempre acompanhada. De braço dado com sentimentos muito menos racionais, que suplantam a amizade. Porque cada gesto tem sempre algo mais. Porque o coração fala mais alto, ofusca tudo o resto. Por isso, tenho muita dificuldade em ver-te como simplesmente amiga. Por isso me traio vezes sem conta. Por isso mudo de personalidade como um camaleão. Não amar-te seria mais fácil, sem dúvida que seria. Não sonhar-te seria incomensuravelmente menos penoso. Seria... mas não é.

sábado, 10 de julho de 2010

Cores do mundial


Já viram como as cores da nossa selecção são feias ? Apagadas, sem garra, sem pinta de beleza. Até mete dó. Não admira os nossos jogadores jogarem tão mal. Mal por mal prefiro o equipamento branco da selecção. Sempre tem mais vida, sempre tem luz, mais chama, mais ritmo. Mas as cores que de facto adoro são as da Holanda, do Brasil e da Argentina. Se calhar é por causa do calor. Se calhar é porque são apelativas, cheias de energia. Se calhar porque cheiram a verão.

http://avontaderegresso.blogspot.com/

Lindo, lindo. Muito bem escrito.
Post retirado do blog acima: "Tenho amigas que agradecem aos pais terem-lhes mostrado como se ama de verdade, sem condições, horários, nem prazos de validade para esticarem uma mão de ajuda, incondicionalmente.
Tenho amigos que me dizem que tudo devem a quem os criou e lhes deu as directrizes de vida, pois na falta de oráculos-guia, recorrem às memórias do que lhes foi passado pelos seus próprios guardiões, os pais.
Conheço quem queira deitar a cabeça no colo da mãe quando tudo o resto falha aos 40 anos porque foi assim que sempre fez desde menino e é esse abrigo que busca instintivamente.
Depois conheço quem passe a maior parte da vida buscando os seus próprios valores, tacteando apenas com o coração o que será melhor para si, contando apenas com o seu próprio instinto, sabendo por onde não quer ir, por ter percorrido já aquele caminho demasiadas vezes e saber que não é por ali que quer levar os filhos.
Às vezes viver sem estrelas-guia, sem conselhos sábios, sem recordações não é fácil. Mas pode sempre pegar-se na falta de mapas, de bússolas, de rotas traçadas com amor e tentar imprimir pontos cardeais nos filhos. Fazer de tudo para que eles sintam que sempre tiveram um lugar importante e não se limitaram a ser pedras no caminho da felicidade de alguém.
Não repetir os mesmos erros é a chave, mas uma chave que muitas vezes magoa ao ser rodada."

Lisboa tropical

Gosto.

Provérbio Polaco

"Trocava a minha história por uma melhor geografia". Não é bem assim, mas a ideia é esta. E que jeito dava a Portugal a alteração da sua situação geográfica.
P.S. - Minha fonte: Carlos Magno, jornalista.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Fazer e não fazer


Há pessoas que nos fazem sempre bem. Há outras que nos fazem sempre mal. Há ainda aquelas que nos fazendo bem, por vezes nos fazem mal. Cuja presença na nossa vida, seja a que título for, nos faz mais mal do que bem, nem que seja por uns instantes. Por isso, nesses momentos, convém afastar-mo-nos, porque se calhar também nós lhes fazemos mal. Por breves momentos, certamente. Mas fazemos. É o tal respirar fundo no sopé da montanha, para quem sabe a seguir ser capaz de respirar um ar mais puro.

Paciência


Já não tenho. Tinha pouca, mas agora ficou reduzida a nada. Por isso, não tenho escrito. Por isso, não tenho comentado blogs, por isso não participo activamente no facebook, com fotos, comentários e afins. Por isso, não fico em filas de restaurantes, cinemas, supermercados, seja lá do que for. Por isso, não consigo ler livros. Não se trata de ser melhor ou mais do que os outros. Nada disso, Não tenho é paciência. Fico a ferver, em pulgas. Com uma facilidade tremenda que até a mim me assusta. Mas não deixo de admirar aqueles que a têm, pq acho salutar, pq é preciso parar, pq não faz bem o coração estar sempre acelerado, em todos os sentidos. Como o colibri. É assim que me sinto muitas vezes.

Breves


Participação de Portugal no mundial - serviços mínimos;
Portagens nas SCUTS - sempre discutível;
Aumento dos impostos - um mal necessário - juntamente com cortes nas despesas - quando o Estado esbanjou e continua a esbanjar dinheiro;
Millenniumbcp - mais uma vergonha com o valor pago ao Dr. Armando Vara;
Rádio Clube e 24 horas - é sempre pena ver projectos deste tipo e qualidade (no 1.º caso) fechar;
Centros comerciais - às moscas, com raríssimas excepções;
Países de presente e futuro - emergentes, como Brasil e Angola, e também agora Moçambique;
Emigração - Quando as alternativas não existem;
PT - Acho muito bem a tentativa de salvaguarda dos interesses nacionais. Os Espanhóis fariam o mesmo;
Bancos nacionais - credibilidade em queda. Solidez já era;
PIGS (economês) - claro que somos;
Estado Português - já nem com esse podemos contar;
Agências de rating - Uma tanga;
Violência doméstica - Preocupante;
Férias - bem precisamos.