quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escrever

Adoro! Adoro quando sou assolado por uma vontade louca de escrever. Como se fosse uma brisa que a correr me afaga o corpo. Mas que apesar dessa correria retorna à base. Como o filho pródigo que não esquece o lar da sua infância. E que quando acontece me faz sentir extraordinariamente bem, estupidamente acordado. Há quem seja viciado em correr, eu, por meu turno, sou viciado em escrever. Faz-me sentir maior, melhor, diferente. Porque todos nós somos indubitavelmente diferentes, únicos. Curiosamente, ou não, tudo começou contigo. No teu regaço. Lembraste ? Aliás, quase tudo começou contigo. Houve entretanto coisas que se perderam e outras que ficaram. Mais, que se solidificaram. Esta vontade de exprimir sentimentos colou definitivamente em mim. Grudou, como dizem os nossos irmãos brasileiros. Foi uma das muitas coisas boas que me deste, ou melhor, que me fizeste descobrir em mim. Por isso, e por mil coisas mais, estou-te grato. Mas sem leitores, a escrita é como um templo numa cidade perdida. Gradualmente, à medida que o tempo avança, fica tapado pela vegetação. Perde todo o seu esplendor. Eu sou como esse templo (a humildade hoje ficou a dormir em casa). Eu brilho porque cada um de vocês me transforma em ouro a cada visita. Respiro porque vocês fazem o favor de me fornecer o oxigénio em cada uma das vossas passagens por esta terra de devaneios que é este tresloucado blog. Porque os blogs não são um produto do autor, mas antes dos seus co-autores.Por isso, meninos e meninas, príncipes e princesas, vocês são também o meu reino. O nosso reino. Mil vezes obrigado.

2 comentários:

  1. Obrigada Rei :) Também gosto muito do que nos escreves... porque é real, humano, imperfeito, mas único, honesto e por isso especial. Mais do que escrever, eu sou viciada em ler, e alimento-me destas palavras, sentimentos que nos expressas... nem tudo fica, mas o que fica, é para sempre.
    Obrigada.

    Marilia

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  2. Quando escrever nos está impregnado na mente, nada nos impede de o fazer. Podemos demorar a soltar os dedos, mas mais cedo ou mais tarde não resistimos.

    Beijoca!

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