terça-feira, 27 de julho de 2010

Crianças

Sempre que leio ou ouço uma notícia em que uma criança morreu ou ficou gravemente ferida, fico com o coração dilacerado, partido em mil pedaços. Porque não devia ser assim. Porque todas elas deviam morrer de velhinhas, cair de podres, de maduras. Porque os anjos, com ou sem asas, deviam ser eternos, imortais. Porque nenhum caixão, mesmo os brancos e singelos são bonitos. Porque nenhuma morte é aceitável, muito menos as de crianças. Crianças com uma vida inteira para ser vivida, para ser sentida, sorrida e chorada. Porque os gritos delas enchem o nosso mundo de vida, de magia. Às vezes, em excesso, é certo. Mas é mesmo assim, elas não sabem essa coisa das "meias-medidas". Porque os seus sorrisos são um remédio para qualquer mal. Porque são apaixonantes. Porque, obviamente, me lembro dos meus pequeninos. Porque ser pai muda toda a nossa perspectiva de vida, muda-nos completamente, por dentro e por fora. Porque ser pai nos transforma numa outra pessoa, nos torna mais coração e menos razão. Porque amo os meus filhos profundamente, cada vez mais a cada dia que passa. Porque sem eles a minha vida seria um vazio inimaginável. Porque a partir do momento em que nascem já nada mais será igual. Porque, como costumo dizer ao M., estarei sempre aqui para eles, até ser velhinho. Porque eles são um gigantesco pedaço de mim. Como todos os filhos são um enorme pedaço dos seus pais.

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