segunda-feira, 27 de abril de 2009

O lado bom das coisas


No nosso dia a dia existem coisas boas e coisas menos boas. Mas a verdade é que também das coisas menos boas se pode retirar aspectos positivos. Desde que a minha vida se alterou (como o Octávio Machado diz - vocês sabem do que estou a falar!), parece que fui atingido por um terramoto. Mas essa tempestade permitiu descobrir autênticas estrelas num ceú negro. Entre essas estrelas brilham intensamente os meus três filhotes e o fortalecer da nossa relação. Até então a minha relação com os meus filhos era um pouco distante, existia porque tinha de existir, era boa de quando em vez. Só que a verdadeira paternidade é como o amor, uma eterna conquista. Há que semear para colher. E eu nem sempre fui um bom agricultor com os meus filhos. Isto aconteceu quando nasceu o J. - o mais novo. Não sei porquê, mas alterou as coisas. De tal maneira que quando ele nasceu tive um ataque de soluços que durou uma semana. Parece estúpido, mas é verdade. Antes do J. nascer ajudava a cuidar do P. e do M. como um bom marido e pai. Depois do nascimento do J. tudo mudou. Deixei de ser o Pai que fora durante dois anos antes. Agora parece que tudo voltou ao normal. Em consciência posso dizer que sou, ou tento ser, um bom Pai. E é tão bom sê-lo ! Sinto-me melhor comigo próprio. É tão bom brincar com eles, abraça-los e beijá-los. Pegar nas suas maozinhas lindas e apertar-lhes as bochechas. Metermo-nos na casinha de madeira a gritar pelo bicho. Todos juntos como se fossemos os quatro mosqueteiros, embora o J. não partilhe algumas das nossas brincadeiras. Faltam-nos as botas, mas já temos os uniformes e as espadas. Vamos lá chegar juntos, todos juntos.

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