terça-feira, 21 de abril de 2009

Intervenção do Estado

Sempre fui contra a intervenção do Estado na economia, sempre defendi que cada um apenas devia colher aquilo que semeou. E quem não soubesse semear, paciência. Valia a regra do mais forte. A intervenção dos particulares em áreas como a educação, a saúde, a energia, as telecomunicações nunca me chocou. Pelo contrário, sempre achei natural e salutar. Se calhar tem a ver com a realidade política que vivi desde pequeno. Nasci com o 25 de Abril e cresci com a liberdade, a democracia e a adesão de Portugal à agora denominada União Europeia, De repente, e com isto do "sub-prime",da falência da Lemon Brothers e das loucuras dos mercados financeiros, dou por mim a suplicar a intervenção do Estado em tudo e mais alguma coisa. Como se fosse uma salva-vidas. Salvar os bancos em risco de falência e as nossas econominas, alargar o prazo de duração dos subsídios de desemprego, fixar administrativamente o preço dos combustíveis, da luz e do gás, etc. É engraçado como ideais que temos como sólidos são postos em causa de um momento para o outro. Certamente que não serei o único a pensar nisto, basta ver o actual discurso dos partidos da direita sobre o papel do Estado. E não nos podemos esquecer como também será fundamental a intervenção do Estado quando toda esta tempestade passar, sobretudo no combate à inflacção e na retirada do excesso de dinheiro que circula actualmente na economia. Isto só demonstra que os profissionais mais capazes deveriam estar na vida politica, ao serviço do bem comum. Deveriam, mas não estão.

Sem comentários:

Enviar um comentário