segunda-feira, 22 de junho de 2009

Palavras de quem não sabe


Pois sim, há uma coisa que gostaria de deixar claro. Nunca, mas nunca abandonei os meus filhos. Não há um dia que passe que não pense neles, juro que não. Lembro-me deles a todos os instantes, por mil e um motivos. Fazem parte de mim. E digo-o não por dizer, mas porque o sinto. Claro que todos os dias lamento por eles, pois gostava que tudo tivesse sido diferente. Mas não foi. Foi como foi. Agora, há que ir em frente. Por isso, vejo-os quase todos os dias, pelo menos quando cá estou e faço-o com alegria e com todo o amor. Tenho uma paciência que desconhecia e luto, luto por eles e por nós, para estarmos juntos. Se necessitarem de qualquer coisa, estou e estarei sempre aqui. Nunca lhes negarei nada que não negasse em situações normais. Sou o mesmo pai que tinham, se calhar até melhor. Estarei sempre presente na vida deles, porque como tenho dito, não tenciono ir a lado nenhum, não quero estar longe dos meus filhos. Tento fazer tudo para que saibam que continuo a ser o pai deles e continuarei a ser, para sempre, porque nada nem ninguém me há-de afastar deles. São meus filhos e eu amo-os de paixão. Odeio que ponham isso em causa, que se digam barbaridades, que julguem o que desconhecem. Claro que agora é mais difícil para todos, mas estou aqui, de braços e coração abertos para eles. Por isso, a quem diz e/ou pensa que os abandonei, deixem-se de merdas, pois estão estupidamente enganados. Além do mais, isto não é o fim de nada, mas o começo de uma nova vida, de uma nova forma de estar, com o mesmo amor de sempre, se calhar até mais.

6 comentários:

  1. Eu ainda não tenho filhos e mesmo assim não me imagino separada deles. Por isto acho difícil acreditar que qualquer pai não batalhe para estar presente na vida dos seus filhos! Os teus sentimentos pelos teus filhos só a ti e a eles dizem respeito, o que as outras vozes dizem não interessa!
    Se uma relação não funciona, os adultos devem seguir em frente (é muito fácil de dizer) e resguardar as crianças, apoia-las, ama-las. pelo que leio neste e no outro blog tenho a certeza que isso não falta aos vocês três príncipes!
    E como se costuma dizer "vozes de burro não chegam ao céu"!

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  2. Deixei aqui um comentário gigante que desapareceu...
    Tentando repetir: Eu sou filha de pais divorciados e posso dizer que mil vezes a convivência serena em separado (quando os pais conseguem fazê-lo) do que a convivência em conjunto num ambiente de guerra e discussões.
    Tudo custa ao princípio, pois há feridas recentes ainda abertas e adaptações que se fazem devagar e com a paciência que só um amor paterno/materno consegue.
    Muita força para esta nova fase!

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  3. Não é ser repetitiva mas realmente "vozes de burro nao chegam ao céu"..
    E as tuas escolhas..as tuas opções só a ti te dizem respeito, a vida é tua e tens que tentar ser feliz á tua maneira....e não é por nao estares 24h com os teus filhos que gostas menos deles!
    FELICIDADES

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  4. Ana C.,
    Se porventura fui eu que apaguei o teu comentário ou eliminei o post que lhe estava associado, as minhas desculpas. Mas não me lembro de o ter feito.Obrigado pelo teu testemunho.

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  5. Ja te disse aqui que eu e o M estamos separados, acho que a mi ganhou um pai maior talvez por passar menos tempo com ela,talvez porque agora esse tempo é so de brincadeira não sei, mas se me perguntares o quero, quero como tu lutar por nos. Espero que ela tenha aprendido a lição e eu tambem se queres saber porque a culpa aqui nao morre solteira e é dos dois.

    Estou como tu a lutar e so faz isso quem gosta e quem quer ser o melhor pai, no meu caso mae.

    Bjs

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