O dia tem 24 horas. Pois tem. Dizem que sim, dizem que tem. Só que eu acho que não tem as mesmas horas para todos. Ou então há horas que, para algumas pessoas, duram mais do que sessenta minutos. Isto porque há pessoas que num dia têm tempo para tudo, fazem imensa coisa, vivem e fazem viver os outros. Como se tivessem mil braços. Como se não houvesse limites nem amanhã. Pessoas vocacionadas para viver, para respirar. É vê-las a correr de um lado para o outro, a criar, a falar sem parar, eufóricas, gratas com a sua vida. Adoro pessoas assim. E depois há as outras que vivem paradas, sem fogo, sem força, que passam pela vida em surdina, caladas, há espera que ninguém as veja, que ninguém as ouça. Como se tivessem vergonha de estar vivos. É do primeiro tipo de pessoas que precisamos, que Portugal precisa.
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