sábado, 29 de maio de 2010

Devem estar a brincar

No meio de toda esta turbulência a AR preparava-se para construir uma sala para os deputados fumadores ? Mais, preparava-se para aumentar o seu orçamento. Estes gaj... só podem estar mesmo a brincar. Mas a brincadeira tem limites e sinceramente já começa a fartar. Até quando pensam que aguentamos mais aumentos de impostos, sem convulsões sociais. Sinto-me enojado pelo estado a que deixaram chegar este país. Vão-se lixar. Estamos fartos de ser os palhaços. Qualquer dia os brandos costumes passam à história.

P. S. - Senhores políticos:
Deixem-se da mania das grandezas e andem em carros particulares, nos vossos carros pessoais. Voem em classe económica, que o povo não morde. Deixem-se de secretárias e adjuntos. Diminuam as ajudas de custo. Porque nós também não os temos e não morremos. Acabem com as campanhas políticas megalómanas que apenas poluem o País de cartazes inúteis. Diminuam o n.º de deputados para o mínimo previsto na Constituição. Honrem o País com trabalho, dedicação e honestidade. E se não sabem mais, então por favor limitem-se ao essencial. PORTUGAL E OS PORTUGUESES AGRADECEM.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Parabés ao Benfica .

Não poderia deixar de dar os meus parabéns ao Benfica. Não pela arrogância e prepotência do seu presidente. Não por mandarem na liga e nos seus dirigentes. Não pela vergonha dos túneis e de ter jogado quase sempre contra equipas com 10 elementos. Não pelo cabelo do seu treinador. Mas porque foi de facto melhor, porque tem a melhor equipa, os melhores jogadores e treinador. Não me custa admitir - em boa verdade, até custa -porque é um facto. Porque essa verdade foi muito nossa nas últimas décadas, apesar de muitos benfiquistas não o admitirem. Agora sim, Portugal está contente, como diz o Sr. LFV. Agora sim, Portugal e os PALOP estão em festa. Aliás, o mundo está em festa. E já agora obrigado por nos deixarem conquistar a taça de Portugal e a supertaça, o campeonato de hóquei em patins e de andebol. E obrigado por nos deixarem existir. A nós e aos outros clubes todos de Portugal.

Não olvidar

Quando for grande quero não esquecer que a minha vida é o que é porque determinadas pessoas existem. Porque sem elas tudo seria muito mais difícil. Diferente. Pior. Mais duro. Quero não esquecer que se tenho um caminho seguro traçado, tal é possível porque essas pessoas não foram a lado algum. Porque os castelos se mantém de pé não apenas à custa da realeza. A bem da verdade das coisas, quero me lembrar disso quando for grande.

Assumam as coisas !


Nesta altura de crise, lembro-me do país dos doutores e engenheiros que nos tornamos. Muitos deles no desemprego. Das empresas prestadoras de serviços e dos escritórios bonitos que povoam as nossas cidades. Das gerações que hipotecaram o seu futuro para que pudessem intitular-se proprietárias de uma casa que dura trinta anos a pagar. Porque isso do arrendamento não é para nós. Nós não. Nós fomos feitos para ser donos de algo. Penso nos bancos que nos pedem ajuda em alturas de dificuldade, mas que guardam para si os lucros em épocas de prosperidade. Penso no povo teórico que nós somos. Nos opinion makers que invadem o nosso país. No imenso rol de comentadores que nos entram pela casa dentro através dos jornais, da rádio e da televisão.Pois é ! Nós somos mesmo assim. De falar, de teorizar e pouco fazer. Somos uns fodinhas. E deixemo-nos de treta com isso dos especuladores, porque nós não fizemos o nosso trabalho de casa. Porque o que nós queremos é pontes, feriados, papas e futebol. Porque o povo - do qual faço parte - quer é circo. Depois ai meu Deus que isto está cada vez pior. Está sim senhora. Por causa dos nossos políticos, por nossa causa e não por causa dos outros. Porque Portugal é uma enorme cigarra. Que o diga a Alemanha, a formiga da Europa. Agora gritem porque vai doer!

Na sombra


Sempre achei piada àqueles desenhos animados em que a personagem principal combatia com a sua sombra. Pois é, a nossa vida muitas vezes é assim. Uma sombra - do passado e do presente. Uma sombra que corre atrás de nós para todo o lado. Que faz parte de nós, que é nossa, muito nossa. Há sombras assim. Que não saem de lá, que são atrevidas, que nos engolem lentamente. Como uma sombra deve ser. Há sombras que nos fazem bem e outras nem por isso. Mas por muito que se assobie para o ar, ou se olhe para o lado, ela permanece lá, teimosamente nossa.