quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dia do trabalhador


Não sei se alguma vez pensaram nisto, mas faz sentido não se trabalhar no dia do trabalhador ? É a mesma coisa que atear incêndios no dia da árvore ou ficar no sofá no dia da dança. Ou então não ligar puto à progenitora no dia da mãe. Enfim, é uma dúvida que tenho. Ainda assim, e numa perspectiva de um trabalhador que se preza, ainda bem que é feriado e não se trabalha. Já agora também se devia comemorar o dia do operário, do colaborador, do auxiliar, do ajudante, do empregado. Fica a sugestão.

Fica também a História do dia do trabalhador:

No dia 1º de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, em manifestação pacífica, exigindo a redução da jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar dezenas de operários. Mas os trabalhadores não se deixaram abater, todos achavam que eram demais as horas diárias de trabalho, por isso, no dia 5 de Maio de 1886, quatro dias depois da reivindicação de Chicago, os operários voltaram às ruas e foram novamente reprimidos: 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados e 3 condenados a prisão perpétua. A luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo americano a anular o falso julgamento e a elaborar novo júri, em 1888. Os membros que constituíam o júri reconheceram a inocência dos trabalhadores, culparam o Estado americano e ordenaram que soltassem os 3 presos.Em 1889 o Congresso Operário Internacional decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de oito horas.
Nos Estados Unidos da América o Dia do Trabalhador celebra-se no dia 3 de Setembro e é conhecido por "Labor Day". É um feriado nacional que é sempre comemorado na primeira segunda-feira do mês de Setembro e está relacionado com o período das colheitas e com o fim do Verão. No Canadá este feriado chama-se "Dia de Oito Horas". Tem este nome porque se comemora a vitória da redução do dia de trabalho para oito horas.
Na Europa o "Dia do Trabalhador" comemora-se sempre no dia 1 de Maio.

À minha mãe


Mãe é mãe, dê para onde der. Não morre nunca, fica sempre connosco, junto de nós. Sabemos que está lá, que pudemos contar sempre com ela. A minha mãe é assim, é uma boa mãe. Daquelas mães que, apesar dos seus defeitos, nos ama incondicionalmente, ainda que esteja aparentemente ausente ou longe. Eu sei disso e quero dizer-lhe que sei. Que sinto sempre a sua presença. Desde que me conheço a minha vida é feita sempre com uma enorme pitada de mãe, da minha mãe. Se eu fosse um bolo, a minha mãe era a farinha. Somos de facto um produto da socialização e também um produto de mãe. E como eu acho que este produto até é de boa qualidade, pelo menos quando quer, obrigado mãe. Obrigado pelo tanto que já me deste e pelo que me hás-de dar. Eu também te hei-de dar ainda muito, muito de mim. Amo-te mãe !!!.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Gripe do caviar, das ostras e do champagne don perignon


No blogue denominado "cócó na fralda" a sua autora - cuja leitura recomendo - fala sobre a gripe suína e nós Portugueses. Fala sobre o nosso desejo relativamente à presença desta gripe em Portugal, sobre a relatividade das coisas. Pois bem, a escrita tem a esta vantagem - pode-se escrever sobre tudo. Ainda não paga imposto, pelo menos para já. Assim sendo, permitam-me também dar a minha opinião sobre o caso, a qual é certamente partilhada pela minha cunhada A.. Como sabem somos um país que vive acima das suas possibilidades, de gente alegadamente rica, que usa sobretudo roupa de marca e que viaja em bons carros, do i-phone, do mp4, da PSP portátil, etc. Se um produto de top saiu recentemente no mercado, nós temos de o ter. Dê para onde der. Doa a quem doer. Nem que para isso se tenha de perder horas na fila de uma qualquer FNAC. Pois bem, isso explica o porquê da gripe suína ainda não ter tido adesão - felizmente, diga-se - por estas bandas. E não teve porquê ? Porque se trata de uma gripe de pobretanas, da plebe, do zé do boné, da mariquinhas da esquina. Gripe suína ? Desde quando é que o porco ou algo relacionado com este animal é digno de registo ou é motivo de orgulho ? Nunca foi nem nunca será. Porco é porco. É barato. Há muitos. E ainda por cima só são mais ou menos bonitos quando são pequenos. Se ainda estivermos a falar de porco preto, mas mesmo assim... A mesma coisa se passa com as galinhas. Agora se estivessemos a falar da gripe do caviar, das ostras, do faizão ou do champagne don perignon, isso sim, isso já seria uma gripe com outro estatuto. Já seria merecedora da nossa atenção. Não queremos nada que se pareça ou cheire a pobre ou de terceira categoria. Longe com isso. Para nós o melhor e o melhor é pouco. Por isso, meus amigos, não me parece que essa gripe desses animais de segunda linha tenha muita sorte neste nosso cantinho à beira mar plantado. O que espero é que nunca se lembrem de baptizar outras pandemias com nomes chiques senão aí sim, estamos tramados.

O sol


Hoje apetecia-me deixar entrar o sol pela minha janela. Apetecia-me e muito, mas de pouco adianta porque o maroto anda escondido. Fugiu. Disse-me o ouriço do mar que ele casou em segredo com a rainha das estrelas e que agora estão a gozar a lua de mel. Lá longe, bem lá longe. Na terra do algodão doce e das ondas do mar. É certo, também tem direito. E como tem direito esse incansável rei dos céus. Mas que volte rápido para nos alegrar os dias, para nos ajudar a levantar da cama, para nos acompanhar pelo dia fora. Que companheiro fantástico que ele é. Se é! Sempre com uma energia contagiante. Sem ele os dias são definitivamente mais tristes, mais longos. Pois, amigo sol, quero sentir a tua luz a entrar pela minha janela. Não importa se é a janela do quarto, do carro, do escritório ou dos meus olhos, quero é que entres. Invade-me ! Quero sentir-te a entrares em mim para que este dia seja mais dia, mais quente, mais sorrisos. E se não vieres vou pedir ao caçador de estrelas que vá atrás de ti. Para que nunca te esqueças de nós, de entrar em nós. Vá lá, não seja malando, volta meu amigo !!

terça-feira, 28 de abril de 2009

O mundo das crianças


As crianças são incríveis. Perguntam e dizem tudo o que lhes vem à cabeça. Com ou sem molho, seja doce ou salgado. Para eles as coisas são o que são. Não há anestesias, nem sedativos. Nem mas nem meio mas. Se é para perguntar, pergunta-se. Se é para dizer, diz-se. Deixe-mo-nos de tretas. Qual é a dúvida ? Os adultos é que são complicados. Imagino como devem olhar para nós e achar estranha a nossa forma de ser. Devemos ser vistos como uma espécie de Et´s. E quando se tem gémeos - os meus dois filhos mais velhos têm 3 anos - é tudo ainda mais evidente. Presenciar as conversas entre eles, naquele jeito muito próprio de criança, é pura magia. Adoro levá-los de carro a qualquer lado e assistir de camarote às suas conversas. E ver aqueles olhos puros e doces que nos olham pelo espelho ? Dão-nos vida, muita vida. E a forma como nos abraçam. Abraçam-nos com os braços que têm e com os que imaginam ter. Abraçam-nos com o coração e a alma. Como se o mundo deles se abrisse para nós entrarmos, de mansinho. E eu adoro entrar no mundo deles. É tão bom ter um pretexto para voltar a ser criança. Pois eu tenho três lindos pretextos.E os beijos ? Amo aqueles beijos. São beijos de anjos, de cavalos alados, de príncipes e cavaleiros de luz. Em cada beijo uma mensagem, uma brisa de felicidade e de alegria. Adoro. Os meus filhos são deslumbrantes. E assim se vai amando mais a cada dia que passa.

Homem e Mulher

O Homem e a Mulher são muito diferentes ou é impressão minha ? Pois eu acho que o são e são muito. O Homem é mais músculo, mais criança, mais futebolista, mais fútil, mais action man. A mulher, por norma, é mais cérebro, mais polivalente, mais zeladora, mais carinhosa, mais segura, mais sensível, mais sabedora das suas verdades e valores. Claro que isto de generalizar sem conhecer o todo é incorrecto, mas é o que eu acho. Nunca o disse em voz alta, mas admiro muito as mulheres. São autênticas guerreiras, lutadoras, mães incansáveis, são aquilo que nos fortalece, a nós homens. Não que sejamos inferiores, nada disso. Somos antes diferentes. E na diferença reside a beleza da humanidade. Se tivesse de formar uma guarda real seria uma guarda de mulheres e seria certamente um grande exército. Um exército de estrategas, de magia e de beldades. Até o corpo da mulher é mais bonito que o dos homens, mais sensual, mais meigo e doce. O corpo dos homens é mais duro, mais forte, mais pedra. Como a bela e o monstro. Não que eu gostasse de ser mulher, porque não gostava. Já me habituei a ser homem e a pensar como um homem. Mas adoro o "ser mulher". E o mundo seria decerto mais pobre sem a Mulher. Nós Homens seriamos certamente mais fracos, menos Homens. Que lindas são as mulheres!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O lado bom das coisas


No nosso dia a dia existem coisas boas e coisas menos boas. Mas a verdade é que também das coisas menos boas se pode retirar aspectos positivos. Desde que a minha vida se alterou (como o Octávio Machado diz - vocês sabem do que estou a falar!), parece que fui atingido por um terramoto. Mas essa tempestade permitiu descobrir autênticas estrelas num ceú negro. Entre essas estrelas brilham intensamente os meus três filhotes e o fortalecer da nossa relação. Até então a minha relação com os meus filhos era um pouco distante, existia porque tinha de existir, era boa de quando em vez. Só que a verdadeira paternidade é como o amor, uma eterna conquista. Há que semear para colher. E eu nem sempre fui um bom agricultor com os meus filhos. Isto aconteceu quando nasceu o J. - o mais novo. Não sei porquê, mas alterou as coisas. De tal maneira que quando ele nasceu tive um ataque de soluços que durou uma semana. Parece estúpido, mas é verdade. Antes do J. nascer ajudava a cuidar do P. e do M. como um bom marido e pai. Depois do nascimento do J. tudo mudou. Deixei de ser o Pai que fora durante dois anos antes. Agora parece que tudo voltou ao normal. Em consciência posso dizer que sou, ou tento ser, um bom Pai. E é tão bom sê-lo ! Sinto-me melhor comigo próprio. É tão bom brincar com eles, abraça-los e beijá-los. Pegar nas suas maozinhas lindas e apertar-lhes as bochechas. Metermo-nos na casinha de madeira a gritar pelo bicho. Todos juntos como se fossemos os quatro mosqueteiros, embora o J. não partilhe algumas das nossas brincadeiras. Faltam-nos as botas, mas já temos os uniformes e as espadas. Vamos lá chegar juntos, todos juntos.

Viagens



Para que saibam, adoro viajar. Viajar dá-nos dimensão. Faz-nos sentir maiores que a nossa própria sombra, como se fossemos um pássaro gigante, com umas enormes asas prateadas nas costas. Podem tirar-nos quase tudo na vida, mas não podem tirar-nos as recordações das viagens que fizemos. Dos momentos únicos que passamos. Povos e culturas diferentes, sabores e cheiros estranhos, sons e línguas distintas, simplesmente inesquecíveis. Conhecer novos mundos é delicioso, é enriquecedor. Não tem preço.Resta-me agora ganhar coragem e dinheiro para dar a volta ao mundo, mas um dia certamente farei isso. Sem dúvida que farei. Quero conhecer o Vietname e os seus verdejantes campos, a Tailândia e as suas belas praias, a Austrália e a sua natureza encantadora, o Japão e a sua cultura, a China e a sua muralha, a Indía e as suas riquezas, o continente Africano e a sua fauna e flora, o glaciar moreno na Argentina, o machu picchu no Peru, Nova Yorque - a cidade que nunca dorme, enfim, tanta e tanta coisa. Sim, farei essa viajem antes de morrer! Até lá, vou-me relembrando das minhas histórias por locais mais ou menos longinquos. Aqui vão alguns dos países onde já estive (porque conhecer é algo muito diferente): Portugal, Espanha, França, Itália, República Checa - Praga é uma cidade - monumento encantadora -, Hungria, Alemanha, Holanda, Mónaco, Andorra, Inglaterra, Irlanda, Rússia, Suécia, Dinamarca, Noruega - amei a natureza -, México - viva os cenotes -, República Dominicana, Cuba - uma viagem de finalistas é sempre uma viagem de finalistas -, Brasil - amei o Rio de Janeiro, onde andei de parapente -, Egipto -apanhei trovoada no deserto -, Tunísia, Ilha de Reunião - uma ilha muito bonita que faz parte do território francês -, Mauricias e Cabo Verde. De todos os locais, o Rio de Janeiro é o meu predilecto. Trata-se de uma cidade e um povo abençoados por Deus. E os povos ? Como é bom conhecer os povos, sair do habitual trilho dos turistas e conhecer verdadeiramente os povos que habitam esses locais. Mas certamente que a lembrança de cada um desses países está muito influenciada pelo momento na nossa vida em que visitamos esses lugares, bem como pelas pessoas que nos acompanharam em cada uma dessas viagens. Mas, a todos aqueles que puderem, recomendo viajar. Viajem e viajem muito. Não parem de viajar. Para que possam voltar para casa. Sair para regressar, ainda com mais força e vontade de viajar.

O dia da Mãe é como o Natal - quando o homem quiser


O dia da mãe está a chegar. Não interessa quando é, pois todos os dias são Natal, basta o homem querer. E hoje eu quero pelos meus filhos.
Assim, se os meus filhos pudessem expressar-se plenamente, certamente escreveriam algo assim à sua mãe:
"- Obrigado mãe por tudo que tens feito por nós.
Obrigado por teres sofrido por nós - antes, durante e depois dos nossos partos.
Obrigado por nos dares tanto amor, cada vez mais a cada dia que passa.
Obrigado por estares ao nosso lado nesta caminhada que é a vida.
Obrigado por nos tentares dar tudo que está ao teu alcance - adoramos a visita aos bombeiros e ao estádio do FCP, entre outras coisas.
Obrigado por cuidares de nós a todas as horas.
Obrigado por te levantares vezes sem conta durante a noite só porque chamamos por ti.
Obrigado pelo carinho e pela dedicação.
Obrigado pelas brincadeiras que temos juntos.
Obrigado pela educação que nos tens dado.
Obrigado pelas regras e limites que nos estabeleceste.
Obrigado por nunca te esqueceres de nós.
Obrigado por nos tornares nos meninos bonitos e felizes que somos.
Obrigado por seres uma boa mãe, a nossa joía.
Sem ti as nossas vidas seriam vazias.
Obrigado mamã, por tudo.
Dos teus três filhos que te adoram para todo o sempre.
P. M. e J."

Certamente seria algo deste genéro, porque a mãe deles é de facto uma boa mãe. Da minha parte, obrigado por isso.




sexta-feira, 24 de abril de 2009

Música


Uma das coisas que mais aprecio é ouvir música. É daquelas coisas que me alimentam a alma. Para mim é um bem de 1.ª necessidade como o pão ou o leite. Nada como ouvir uma boa música para nos dar anîmo, para nos divertir, ou então para nos acalmar, fazer voar e sorrir. Quantas vezes senti o meu corpo a fugir de mim e dançar sozinho ao sabor de uma qualquer música. tal como os bebés que se abanam logo que ouvem música. Como uma serpente que fica encantada pelo som da flauta. Não imagino a minha vida sem música. E existem músicas lindas, simplesmente lindas e para todos os gostos e idades. Aos músicos deste planeta a minha vénia, pois o que fazem é um bem para toda a humanidade. Viva a música !!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pais



Existem profissões mais ou menos fáceis e exigentes. Há-as para todos os gostos e feitios, desde médicos e cientistas a jangadeiros e vendedores de côcos, mas nada comparado a ser Pai. Sei que não é uma profissão, mas antes um voto de união para toda a vida. Mas se fosse uma profissão, ajudava imenso. Se o fosse, certamente haveria cursos, doutoramentos e mestrados que nos ensinariam a ser os melhores Pais do mundo. Nos quais pudessemos aprender a teoria, tirar dúvidas e ter aulas práticas. No final, davam-nos um canudo e já estava. Era tão bom! É certo que existem mini - cursos e palestras que nos ajudam a lidar com crianças. Dão-nos algumas pistas para educar os nossos filhos, mas apenas isso. E depois quando já são adultos, como é ? Ser Pai é complicado, muito complicado. Eu, como Pai e filho que sou, que o diga. Sei apenas que, tal como me ensinaram, os Pais devem agir tendo sempre em conta os interesses dos filhos, fazendo o melhor que podem e sabem. Mas é tudo tão subjectivo! Sei que, sobretudo ultimamente, não concordo com muitas das decisões que os meus Pais têm vindo a tomar a meu respeito, mas também julgo saber que o fazem porque acreditam ser o melhor para mim. Não são os melhores Pais do mundo - isso não existe -, mas são os meus Pais e tenho muito a agradecer-lhes.

Aos verdadeiros amigos


Há pessoas que têm tantos amigos que não chegam os dedos das mãos e dos pés para os contar. Sempre achei estranho haver pessoas assim. Mas é como as bruxas, que as há, há. Não é o meu caso, não tenho muitos amigos, simplesmente não tenho. E quando as adversidades surjem é que vemos quais são mesmo os nossos amigos, aqueles com quem podemos contar a todas as horas. Que, independentemente do que fizermos, nos estendem a mão e estão connosco. Os verdadeiros amigos não concordam sempre connosco, não nos batem sempre nas costas, não estão sempre a sorrir para nós. Mas estão lá, sabemos onde os podemos encontrar. E são eles que tornam o nosso dia a dia mais doce, com mais luz. Gostava de ter, pelo menos, cinco verdadeiros amigos - um por cada dedo de uma mão. Não era preciso mais. Gostava, mas não tenho, não tenho. Se calhar porque não os soube semear e regar, porque não soube ser mais do que sou. De todo o modo, tenho pena que assim seja. Aos verdadeiros amigos, um brinde, o brinde da amizade.

Estrada da vida


A vida é como uma estrada, de preferência comprida, com um bom piso, larga, e sem grandes lombas e/ou curvas. Uma auto-estrada, sem portagens. Era tão bom que fosse assim! Mas a vida não é, de facto, uma auto-estrada. Pode até parecer, por uns breves instantes, que o é. Podemos até utilizar o cruise control e deixar-mo-nos levar pela aparente segurança e calmia que essa estrada nos oferece. Até que algo acontece - uma lomba, uma curva, um animal que se atravessa à nossa frente. E aí tudo muda, a nossa atitude na estrada, o comportamento do carro que guiamos, muda mesmo. E muda num instante, num abrir e fechar de olhos. Pior ainda quando a noite avança e cobre a estrada, ou quando o nevoeiro não nos deixa ver mais além. A vida é assim !...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Pirataria

Quem não tem saudades dos piratas das histórias de brincar ? Personagens com uma pala preta a tapar um dos olhos e uma perna de madeira, tendo um papagaio falador como companhia. Destemidos aventureiros amantes do rum. Pois essas personagens já eram. O mais próximo disso pode apenas ver-se nos filmes dos Piratas das Caraíbas. Quanto ao mais, os piratas da actualidade, a operar no Golfo de Áden e no Mar da Arábia, são autênticas forças paramilitares que se dedicam a capturar barcos de grande porte e a pedir resgates de elevado valor pela tripulação. Piratas equipados com lanchas rápidas, lança foguetes, fuzis de assalto e GPS. Quem diria ? Ao menos podiam usar uma bandeira preta com uma caveira, mas nem isso. A tradição já não é o que era. E agora o Sr. Obama quer, e bem, mandar bombardear a posição desses piratas. É o fim do mundo !

Pequeno polegarzinho


Existem momentos na vida em que nos sentimos sem rumo, simplesmente perdidos. Queremos voltar para nós e para aqueles que já foram nossos e não conseguimos. Devia tudo ser mais fácil, bem mais fácil do que é. Como dizia uma pessoa que me é muito especial - "porquê é que a vida é tão difícil ?". Os mais prevenidos como o pequeno polegarzinho podem sempre seguir as pedras que marcam o caminho de volta. Mas eu não sou como o pequeno polegarzinho, hoje sei isso.

Intervenção do Estado

Sempre fui contra a intervenção do Estado na economia, sempre defendi que cada um apenas devia colher aquilo que semeou. E quem não soubesse semear, paciência. Valia a regra do mais forte. A intervenção dos particulares em áreas como a educação, a saúde, a energia, as telecomunicações nunca me chocou. Pelo contrário, sempre achei natural e salutar. Se calhar tem a ver com a realidade política que vivi desde pequeno. Nasci com o 25 de Abril e cresci com a liberdade, a democracia e a adesão de Portugal à agora denominada União Europeia, De repente, e com isto do "sub-prime",da falência da Lemon Brothers e das loucuras dos mercados financeiros, dou por mim a suplicar a intervenção do Estado em tudo e mais alguma coisa. Como se fosse uma salva-vidas. Salvar os bancos em risco de falência e as nossas econominas, alargar o prazo de duração dos subsídios de desemprego, fixar administrativamente o preço dos combustíveis, da luz e do gás, etc. É engraçado como ideais que temos como sólidos são postos em causa de um momento para o outro. Certamente que não serei o único a pensar nisto, basta ver o actual discurso dos partidos da direita sobre o papel do Estado. E não nos podemos esquecer como também será fundamental a intervenção do Estado quando toda esta tempestade passar, sobretudo no combate à inflacção e na retirada do excesso de dinheiro que circula actualmente na economia. Isto só demonstra que os profissionais mais capazes deveriam estar na vida politica, ao serviço do bem comum. Deveriam, mas não estão.

Desemprego


Quando somos criança não queremos ir para a escola. Queremos antes ficar em casa a brincar. Uma vez adultos, detestamos ter de nos levantar cedo e ir trabalhar. Sobretudo à segunda - feira. Idolatramos o fim de semana e bendizemos as férias, sejam de natal, páscoa ou de verão. Ou seja, não gostamos de trabalhar, ponto final. Se for em part-time ainda estou como o outro, mas todo o dia ?? Temos de admitir, odiamos trabalhar. Não sei se é uma característica portuguesa ou simplesmente de todo a raça humana, mas é assim. Acho, todavia, que é mais esta última. Mas a verdade é que quando ficamos sem emprego perdemos parte da nossa identidade, da nossa razão de existir. Não apenas porque deixamos de ter uma fonte de rendimento, mas também porque o trabalho nos realiza, faz-nos sentir úteis à sociedade. Sem trabalho, já não se pode dizer mal do chefe ou dos colegas ou olhar para o relógio à espera da hora de saída. Sem trabalho já não nos podemos queixar de como o nosso emprego é rotineiro e monótomo. Apenas nos podemos passar a queixar do desemprego. Que ironia !! Agora detestamos ficar em casa a ver o tempo passar. Que saudades do nosso antigo emprego que tanto maldiziamos. Por fim, convém não esquecer que, de acordo com os especialistas, o desemprego trata-se com oito horas de trabalho por dia.

Ao Porto


Que linda que tu és, oh minha cidade! Tu que és uma cidade cheia de mim. Em cada esquina que passo lembro-me de um pedaço do meu passado. És a minha casa. Sem ti, sem as tuas sombras, sem os teus cheiros, sem os teus telhados e janelas, sem as tuas pontes, o teu rio e os teus barcos rebelos jamais me sentiria inteiro. Podem até dizer que as tuas ruas são cinzentas e estreitas, que és a capital de uma zona norte perdida no tempo, a definhar economicamente. Podem dizer o que quiserem de ti, mas eu serei sempre o teu Sancho Pança. Respiro em ti, no teu regaço, pois és a mais linda entre as mais lindas.

Aos filhos


Diziam-me que a coisa melhor da vida são os filhos. Pois sim !... O melhor da vida somos nós, uma boa viagem, uma boa tarde de sossego, uma boa companhia, dizia eu para mim cada vez que ouvia essa frase feita. Que treta !!! Bastaram três anos da minha vida e uma boa dose de atitudes loucas para compreender e interiorizar essa frase. Hoje posso dizer com a certeza dos sábios - o melhor da nossa vida são de facto os nossos filhos. E quando se tem três, ainda mais verdade se torna. Nada como passar uma tarde de sol com eles a rebolar na relva, a andar de bicicleta, a dar chutapés na bola, a ouvir os seus sorrisos lindos e inocentes. Acreditem que não sou um Pai exemplar, muito longe disso. Gostaria de o ser, pois eles merecem. Ainda assim, acredito que posso melhorar. E assim farei, por eles e por mim. Para que mais tarde possa olhar para trás e dizer - valeu a pena viver.

A Ti


Poucos serão aqueles que poderão dizer que um dia encontraram a pessoa da sua vida. Pois eu fui um dos felizardos que encontrou esse alguém tão especial. Foi com ela e para ela que vivi todos estes anos, que partilhei sorrisos e tristezas, mas sobretudo sorrisos. A nossa vida foi um arco-iris de felicidade e cor. E que boa que foi essa partilha. Com ela tornei-me uma pessoa melhor, mais feliz, com mais vida. Uma pessoa que só existe com ela ao lado. Há de facto pessoas irrepetíveis. Mas a vida por vezes prega-nos partidas, das quais nem sempre conseguimos sair. De todo o modo, para ti queria dizer que, passem os anos que passar, serás sempre luz e magia, sempre !!!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A vida mora ao lado - Introdução


Qual de nós não lhe apeteceu já escrever sobre a vida, sobre o que nos rodeia, sobre tudo e sobre nada. Pois isto dos blogs tem essa vantagem. Podemos ser nós próprios, dizer aos sete vento o que pensamos sobre isto ou aquilo. Escrever porque sim, sem medos nem limites. E assim nasceu este blog. É e será sempre mais um blog entre muitos. Mas é o meu, um espelho da minha alma, de mim. Por isso, aqui vai ...